Misturar guerra e fantasia, luta e magia, dor e amor, morte e ressurreição, pode parecer um tanto controverso ou mesmo um mix com sabor estranho, mas em O Labirinto do Fauno, o mexicano Guillermo del Toro conduz com maestria o filme que dirigiu, produziu e roteirizou.
Por Agustí Centelles Ossó
Por Agustí Centelles Ossó
Ele foi super delicado para contar uma história cheia de dor, ódio e morte, o momento pós o final da Guerra Civil espanhola, em 1944. Para mostrar a caça aos militantes comunistas pelos fascistas seguidores do ditador Franco, Guillermo usa um ótimo recurso regado dos sonhos de uma alma juvenil. E vai além, quando faz um paralelo da guerra real com a guerra fantástica, o que suaviza as crueldades praticadas pelos fascistas, já que interpõe cenas em que um camponês é morto com pancadas de uma garrafa e tem seus rosto destroçado com uma das missões de Ofélia ao mundo da fantasia.
Ofélia é uma menina de 12 anos muito apegada aos livros de conto de fadas. Sua mãe Carmen que está grávida e ela, mudam-se para a casa do novo marido, o autoritário Vidal, capitão do exército de Franco. A garota que está assustada com sua nova condição, ser filha de um homem áspero e arrogante, busca na
magia um refúgio e no jardim da nova casa encontra um labirinto, onde conhece o fauno (criatura da mitologia grega) Pan, que a conduzirá a diversas situações de perigo e magia para cumprir sua missão.
A fotografia do filme e a iluminação são muito harmoniosas, o que pode ser percebido logo de cara quando na primeira cena do filme, há uma garota caída num chão de pedra com o nariz escorrendo sangue. Além destes dois aspectos técnicos, Guillermo é muito feliz quando mostra o sangue voltando da bochecha para o nariz, o que simboliza a volta no tempo, a volta aos negros tempos do pós guerra.
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