Amor à arte e aos momentos belos da vida

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Local: São Paulo, SP

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Você já sentiu vontade de chorar porque queria algo mas não tinha poder ou coragem para adiantar os fatos. Aí você pensou que na realidade era um grande covarde, medroso por não ariscar e jogar tudo pro alto. Então, você pensa que só queria que as coisas acontecessem do jeito que planejou, mas nem tudo é como você pensa.
Aí você pensa nas pessoas que conseguem tudo tão facilmente e você que plantou tantos frutos não consegue colher nenhum, a não ser com muita dificuldade e sofrimento. Aí como você é responsável e bondoso, tira isso da cabeça, porque te ensinaram que a inveja não leva a nada e pode prejudicar seus sonhos.

Respirar fundo, pensar positivo, não se desesperar, não gritar, não socar a parede...Você engole a saliva, pensa no tempo que já perdeu, mas sua razão de um capricorniano nato, nascido em 31 de dezembro, as vezes te prende. Você não sabe se é sua cabeça dura ou seu lado místico que diz que tudo tem um porquê e que dará certo e que você não deve se precipitar. Tudo começa a rodar e a angustia fala mais alto, porque sua leveza e a certeza de que vai ser alguém importante sempre o movem.

Andar, sonhar, desencanar, continuar, estudar. Não adianta a frase "tem gente que nasce com o c...pra lua" martela em sua mente. Sua bondade faz com que abusem de você, a maior vontade é falar um palavrão e dizer "p..." que tudo se exploda, inclusive você.

O que fazer, conselhos? Se conselhos fossem bons não eram de graça. Aí vem a vontade de apenas ver a chuva escorrendo na janela, um desejo simples, aquele cheiro gostoso de mato molhado, aquela nostalgia do que ainda não vivi, aquele pensamento longe e um pouco triste, aquela cena de filme onde os dois se encontram e se abraçam em meio ao temporal.

sábado, 20 de janeiro de 2007

A questão não é culpar os outros e sim assumir seus erros, a dor está em nós e o amor também, ponderá-los? Não, melhor sentí-los intensamente, uma vida de amores mornos e relacionamentos sem paixão, pra quê? Prefiro tentar flutuar mesmo com os pés colados no chão. Encontrar explicação para quê? Os princípios são o sorriso e o respeito. Princípios? Quem fala o que está certo ou errado? Corra, respire profundamente e sinta o verdadeiro, passe amor e receba-o de volta, tarde demais? Ainda pensa em querer alcançar, deixou isso escapar das suas mãos e agora encosta na parede gelada e chora a dor do amor encontrado, vivido e jogado de lado.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Pensamento do dia: Sou uma eterna apaixonada não correspondida, que não quer ficar parada vendo o tempo passar e que prefere deixar as angustias de lado e pular no trem da vida.

Ouvir These Foolishs Things de Chet Baker, faz-me ter lembranças da minha aurora dos 30 anos que ainda não vivi. Numa típica nostalgia de outrora, vejo-me sentada em meu apartamento branco, mais especificamente em uma ampla sala, com sofá branco e moderno, uma TV de plasma desligada que reflete as luzes da metrópole, prateleiras cheias de livros e CD´s. Uma fruteira transparente, mero objeto de decoração, está em cima da mesa central, onde apoio meus pés cansados. Cansados por mais um dia de trabalho puxado, mas sempre apaixonado.
A música que escuto vem do rádio, o som está alto e me faz viajar em minha solidão. Sentada, sozinha, descalça, com a roupa amassada, sinto a tristeza da solidão e penso no passado, nas lembranças que me fizeram quem eu sou.
Sem ter com quem trocar essa dor, pequena, mas dor, penso em ligar para meus amigos, meus saudosos amigos, que o dia-a-dia ocupado, fez-me aumentar ainda mais minha saudade do passado e do presente que não foi vivido com eles.
A vontade passa, e meus pensamentos são povoados por você. Mais uma vez, vejo-me sozinha a pensar em você. Os espasmos da agitação, trazem teu sorriso, trazem tua voz, trazem o teu cheiro, trazem teu abraço, mas não trazem você, que deve estar longe, sentado em sua sala branca enorme, com uma TV LCD e uma geladeira povoada de cerveja, sem mim, sem você. Estamos sozinhos, sem ninguém, sem nós dois, mas com nossas carreiras e nossas conquistas.
A imagem que vejo agora é uma distante sala, que se transforma num prédio também branco, com inúmeras janelas, numa enorme avenida, num enorme bairro, numa enorme cidade, num único mundo.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Não sei vocês, mas eu simplesmente achei absurda a execução de Saddan. Nossa!!! Em que mundo estamos vivendo, na Idade Média ou na Revolução Francesa, onde pessoas são enforcadas por imposição do imperador ou rei mais forte. Não que eu concorde com as ações imperdoavéis e indiscriminadas de Saddan, mas levá-lo à forca assim, não resolve nada. Se o ditador iraquiano foi morto, o ditador norte-americano também deveria.
Criticaram quando Saddam mandou matar seus dois genros que haviam desertado Bagdá e que depois voltaram à capital árabe, esperançosos de que nada aconteceria com eles. Mas, esqueceram de dar o mesmo tratamento às tropas americanas mandadas por Bush que executaram quase toda a família de Saddan.
Achei a declaração de Lula muito bem pensada e acho que resume tudo. Ele disse que não era a favor da execução de Saddan, porque para ele isso não iria resolver o problema que assola o Iraque. Para nosso presidente, importante seria despender força e tempo para pensar em ações que acabem com o sofrimento desse povo, que na minha opinião viveu sob uma ditadura rigorosa e que agora vive a ditadura maquiada.