Amor à arte e aos momentos belos da vida

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Local: São Paulo, SP

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Como essas pessoas idiotas podem ficar tão a par do que acontece no seu próprio país, apenas porque se acham superiores com suas contas bancárias bombando de grana.
Enquanto isso os vagões do metrô e os ônibus estão mais cheios e o serviço ainda mais precário.


Protesto tira Kassab de festa no Jardins

Estudantes fizeram novo ato contra o aumento da tarifa de ônibus
Juliano Machado

A festa de inauguração da badalada Rua Oscar Freire, nos Jardins, zona sul da capital, corria à perfeição. Com gente passeando nas novas calçadas, turistas fotografando as luxuosas vitrines, shows musicais. Até que cerca de 20 estudantes da Frente de Luta contra o Aumento da Tarifa apareceram, com faixas e cartazes, para protestar contra o reajuste da passagem de ônibus exatamente quando o prefeito Gilberto Kassab (PFL) falava a jornalistas, na esquina com a Rua Bela Cintra, sobre a nova cara da rua do luxo.Acuados, Kassab e sua comitiva deixaram o local às 13h10, 15 minutos após chegarem.

Sua assessoria de imprensa negou que ele tenha se retirado por causa do protesto e disse que havia um almoço marcado para logo em seguida. E por que ele não caminhou por todo o trecho revitalizado - da Melo Alves até a Padre João Manuel? Porque já havia feito isso na sexta-feira, informou a assessoria.Kassab havia acabado de assistir à apresentação do grupo infantil de percussão Arrasta-Lata quando chegaram os 'penetras', com apitos, cartazes e gritos do tipo 'Dança, Kassab, dança até o chão, aqui é o povo unido contra o aumento do busão'. Surpreso e sem saber bem o que fazer, o prefeito se limitou a dizer que 'manifestações são democráticas'. Após sua saída, os estudantes bloquearam por alguns minutos o trânsito na altura da Rua da Consolação.

Os 20 minutos de protesto foram suficientes para causar alvoroço no quarteirão entre a Bela Cintra e a Consolação. Quando viu o movimento, o administrador de empresas Marcos Mansur correu para ajudar a esposa a tirar da rua os carrinhos onde estavam seus dois filhos mais novos, de 2 e 4 anos. 'Nessa hora me assustei um pouco. A reivindicação é válida, mas não nessas circunstâncias.' O empresário Sérgio Noschang e sua mulher, a médica Rosa Garcia, assistiram a tudo de uma mesa da confeitaria Cristallo. 'Fiquei surpresa, mas até ri um pouco porque um deles estava vestido de palhaço', disse Rosa.Quem não se estendeu no assunto foi o governador eleito José Serra (PSDB), que visitou a Oscar Freire uma hora depois da manifestação. Ao ser indagado sobre a presença dos estudantes, Serra disse que a idéia deles era 'chamar a atenção.' '(O protesto) foi feito para isso. Para que vocês perguntem e para repercutir', ressaltou.Com os olhos marejados, a presidente da Associação dos Lojistas da Oscar Freire, Rosângela Lyra, considerou o protesto 'fora de hora'. 'A campanha eleitoral já começou', disse, sugerindo motivação política por trás do episódio.

Os estudantes admitiram que aproveitaram a presença de Kassab numa rua comercial de luxo para protestar. 'Muita gente me parou perguntando se a tarifa tinha aumentado. Essas pessoas precisam saber o que acontece na cidade', disse a estudante Nina, de 19 anos, que não quis dar o sobrenome.Os manifestantes questionaram o fato de a Prefeitura ter destinado R$ 4 milhões para as obras na Oscar Freire. 'Enquanto isso, as ruas da periferia são de terra', criticou Nina. Kassab justificou que 'a Oscar Freire dá milhões de reais em função dos impostos arrecadados'.

Outro fator que incentivou o protesto foi um informe da associação de lojistas sobre a entrega das obras, onde se lia: 'No lugar dos operários, homens e mulheres bem vestidos e com a aparência favorecida em todos os aspectos.' A Assessoria de Imprensa da associação disse que o texto não tinha caráter depreciativo.A reforma da Oscar Freire, iniciada em outubro de 2005, custou R$ 7,5 milhões - o restante foi pago pela American Express e por lojistas.

Além de novas calçadas, a rua teve parte da fiação aterrada. Ganhou ainda 52 postes com luminárias sem fio e 78 ipês. Os quarteirões entre as Ruas Melo Alves e da Consolação e entre a Augusta e a Padre João Manuel não estão prontos. O calçamento está desnivelado e com entulho. Kassab disse que tudo será concluído até o fim da semana. A revitalização deve ser estendida até a Alameda Casa Branca.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Esse blog é um lixo, não consegui postar a foto do fauno e da Ofélia e colocar a legenda da foto abaixo.

Fauno, protetor das lavouras e dos rebanhos, foi ocasionalmente adorado como divindade silvestre. Os ecos e sons do bosque eram atribuídos a sua voz.

Na Mitologia Romana, os faunos são a multiplicação tardia do deus Fauno, cujo nome deriva do latim favere, "ser favorável", "benéfico".

Legenda da foto abaixo :
Barricadas de Cavalos, Barcelona, 19 de julho de 1936.
Por Agustí Centelles Ossó


Misturar guerra e fantasia, luta e magia, dor e amor, morte e ressurreição, pode parecer um tanto controverso ou mesmo um mix com sabor estranho, mas em O Labirinto do Fauno, o mexicano Guillermo del Toro conduz com maestria o filme que dirigiu, produziu e roteirizou.

Por Agustí Centelles Ossó
Ele foi super delicado para contar uma história cheia de dor, ódio e morte, o momento pós o final da Guerra Civil espanhola, em 1944. Para mostrar a caça aos militantes comunistas pelos fascistas seguidores do ditador Franco, Guillermo usa um ótimo recurso regado dos sonhos de uma alma juvenil. E vai além, quando faz um paralelo da guerra real com a guerra fantástica, o que suaviza as crueldades praticadas pelos fascistas, já que interpõe cenas em que um camponês é morto com pancadas de uma garrafa e tem seus rosto destroçado com uma das missões de Ofélia ao mundo da fantasia.
Ofélia é uma menina de 12 anos muito apegada aos livros de conto de fadas. Sua mãe Carmen que está grávida e ela, mudam-se para a casa do novo marido, o autoritário Vidal, capitão do exército de Franco. A garota que está assustada com sua nova condição, ser filha de um homem áspero e arrogante, busca na
magia um refúgio e no jardim da nova casa encontra um labirinto, onde conhece o fauno (criatura da mitologia grega) Pan, que a conduzirá a diversas situações de perigo e magia para cumprir sua missão.
A fotografia do filme e a iluminação são muito harmoniosas, o que pode ser percebido logo de cara quando na primeira cena do filme, há uma garota caída num chão de pedra com o nariz escorrendo sangue. Além destes dois aspectos técnicos, Guillermo é muito feliz quando mostra o sangue voltando da bochecha para o nariz, o que simboliza a volta no tempo, a volta aos negros tempos do pós guerra.