Amor à arte e aos momentos belos da vida

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Local: São Paulo, SP

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Feliz Ano Novo
© Braúlio Tavares 2004 / 2005
Não peça nada a Deus. Seria um contra-senso Deus fazer algo por você. Digamos que o Mundo estava com problemas, pediu a Deus que mandasse algum tipo de ajuda, e Deus mandou você. Agora, é entre você e o Mundo. Te vira, véi.

Não peça nada ao Destino. Esta é uma grave contradição filosófica, daquelas de fazer Aristóteles se revirar na tumba. “Destino” é um futuro que já aconteceu, que não pode mais ser modificado. Não perca seu tempo.

Não peça nada ao Acaso. O Acaso é quem governa este Universo, e é da natureza dele não escutar pedidos, mas aceitar interferências. Interfira, aja, interrompa, redirecione, transforme. O Acaso agradece.

Não peça nada aos Santos. Santo não é quem toma providências: quem toma providências é médico, bombeiro, mecânico, assistente social... Santo é quem sofre sem se queixar. Deixe que sofram em paz.

Não peça nada ao Governo. O Governo é um brontossauro de cinqüenta patas e trinta pescoços, caminhando aos trancos e barrancos através da jângal antediluviana. Esperar dele alguma coisa que se aproveite equivale a subir pela sua cauda e ir morar numa choupana em seu dorso, tentando convencê-lo a seguir no rumo desejado. Esquece. Melhor ir a pé.

Não peça nada aos Bancos. Por definição, Bancos só dão remédio a quem vende saúde, só mandam marmitas gratuitas para os donos de restaurantes, e só oferecem absolvição espiritual aos cardeais do Vaticano.

Não peça nada às Autoridades. Autoridades são programadas apenas para obedecer ordens. Ou você tem cacife pra já chegar falando grosso, ou então é melhor deixar pra lá.

Não peça nada à Mídia. A Mídia acha que o anonimato é contagioso, e que a Fama também. Olhe pra trás, e veja se ela está indo no seu rastro ou não. Problema dela.

Não peça nada à Sorte. Sorte foi feita pra gente abrecar pela abertura, encostar no canto da parede, e dizer a que veio. Se você tiver pegada, a Sorte se derrete todinha.

Não peça nada à Humanidade. Ofereça e faça antes que ela peça. Existe no Universo uma Lei de Conservação da Energia Psíquica. Mais cedo ou mais tarde alguém fará o mesmo com você.

E pronto. Feliz ano-novo, bibibi, bobobó. Vá à luta, meu camaradinha. Tá olhando o quê?

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Conversa de e-mail

Proibido Proibir

Má,
Eu sempre fui fascinado por Nelson Cavaquinho e acho que ele tem o melhor verso do samba, aquele do "tire o seu sorriso do caminho/que eu quero passar com a minha dor...". Aí vejo um filme muitíssimo bom que termina com um som dele? Porra, não tem como não gostardo filme! ;)

Cá,
Vamos lá, como te disse não é que eu não gostei de Proibido, gostei sim, mas fiquei pensando e o que me incomodou foi essa aproximação do filme com a minha realidade, quer dizer num é nem realidade, com meu cotidiano mesmo. Sei lá, essa poderia muito bem ser minha história ou a história de uma amigo ou mesmo a tua, ou a nossa...rs...Eu me senti, como te disse, uma idiota, uma idiota que finge que está preocupada com o mundo, mas que na realidade poderia fazer muito mais, a idéia do filme é contrária, mostrar que o jovem não é alienado, mas eu acho que sou.
Meio viagem isso, na sexta depois de Céu, fui lá pra Vila na Real e conhecessemos dois carinhas gente fina da ZN e ficamos quatro horas numa conversa surreal sobre isso, a alienação e falta de generosidade dos jovens como nós que tem acesso à informação. Foi um tanto bom saber que nós jovens ainda nos importamos com o mundo e mais legal foi descobrir que todos eles acham que fazer sua parte já é um gde passo e maior ainda é a conscientização, acho que entra isso no triangulo amoroso do filme, a conscientização de que vivemos num mundo cruel e que a amizade ou ajuda ao próximo é um passo importante.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Sexta-feira, 20 de outubro. – 22h

Tudo bem que eu cheguei uns 10 minutos atrasada no filme, mas faz parte do caos onde vivemos e da correria que a paulicéia desvairada nos proporciona.

O Céu de Suely
Uma história simples e que foge da idéia estabelecida da migração nordestina para o Sudeste. No filme a jovem de 21 anos, Hermila, que foi para São Paulo em busca de melhores condições de vida, volta para sua cidade natal, no interior do Ceará, com seu filho recém-nascido nos braços. A moça mantém o ânimo e a esperança do amor que sente por Mateus, namorado e pai da criança, que virá da capital paulista encontrar mãe e filho.

Mas, as coisas não acontecem como o coração de Hermila desejava. Mateus some, não deixa endereço e nem telefone e a abandona na rua da amargura. Sem ter o que fazer, a garota que mora com a avó e a tia, começa a procurar algumas formas de arrecadar dinheiro, uma das idéias é fazer uma rifa de um whisky, outra é lavar carros em um posto de gasolina.

O Céu de Suely não quer ser um filme pretensioso, é apenas um olhar discreto e compreensivo sobre a realidade das pequenas cidades nordestinas, nas quais seus moradores vivem com poucos recursos e ideais simples, como a própria avó de Hermila que trabalha durante o dia em um restaurante e de noite costurando.

A recém-chegada Hermila se difere do restante dos personagens por sustentar uma vontade dentro de si de querer conquistar e ultrapassar obstáculos longe da pacata cidade onde nasceu e não se importa em como conseguirá tal proeza. E aí que a trama que seguia sem grandes revelações e emoções, recebe um rufo de ar. Hermila decide se rifar, isso mesmo, o vencedor ganhará “Uma noite no Paraíso” com ela. Apesar da audácia da moça, que perambula pelas ruas da cidade, vendendo-se, e que agora adere ao codinome Suely, ela não perde a pureza que conservava desde há poucos dias, quando ainda acreditava no eterno amor.

Os planos-seqüências do filme são formas poéticas inclusas na trama, como a discussão entre Hermila e João, que deixa sua moto na rua e segue a moça, tentando convencê-la a não ir adiante com a rifa. A câmera segue os dois, e nos ambienta com movimentos que nos fazem sentir como se estivéssemos na mesma calçada esburacada em que ambos caminham. A direção de fotografia que é bela, estática e teatral, só poderia ser do genial Walter Carvalho. Uma das cenas mais bonitas é o plano-seqüencia com a câmera estática que vê João ir em busca da amada e o ônibus que some, numa mistura de ilusão, por causa dos raios do sol forte, que parece que derrete o asfalto e depois a luz do mesmo sol que nos confunde e incide sobre a moto e nos deixa curiosos para saber se Hermila veio ou não com ele.

Em muitos momentos do filme, podemos confundir o real com o documentário, por causa dos cidadãos que aparecem comprando as rifas de Hermila ou as crianças que olham a moto de João. A participação dos indivíduo do próprio vilarejo, faz-nos aproximar mais ainda do contexto social em que estas pessoas vivem.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

O QUE ALCKMIN JÁ FEZ POR SÃO PAULO

ROMBO DE 1,2 BILHÃO NAS CONTAS DO ESTADO

AJUDANDO OS ALIADOS

INGERÊNCIA NAS LICITAÇÕES DA NOSSA CAIXA

MAIS FAVORECIMENTOS POLÍTICOS

USANDO A GRANA PRA BANCAR SUA REVISTINHA

AJUDANDO O FILHÃO

MAIS DA PATROA LÚ

UM GRANDE HOMEM, UMA GRANDE HISTÓRIA

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Mundinho blasé

Eu queria entender porque as pessoas não respondem meus e-mails. Não digo os e-mails de corrente ou as mensagens de auto-ajuda que circulam pela net todos os dias, digo e-mails, e-mails mesmo, com questionamentos.

Podem até fingir que não receberam, mas custa muito apertar o botão responder e escrever: "obrigada, iremos arquivar seu currículo em nosso banco de dados" ou "uma idéia muito interessante, mas no momento estamos envolvidos em outro projeto" ou "quando tiver tempo de ler seu texto, responderei" ou "para você falta um Q.I." Qualquer coisa, mas responde, diz alguma coisa, se não tiver nada pra dizer, aperta responder e manda um "Vai se f...".

Que saco, a única resposta que tive foi porque eu tive um Q.I e até que foi uma resposta criativa "seu currículo é bom demais e não terei verba para te pagar". Eita vida sacana...