30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
Sexta-feira, 20 de outubro. – 22h
Tudo bem que eu cheguei uns 10 minutos atrasada no filme, mas faz parte do caos onde vivemos e da correria que a paulicéia desvairada nos proporciona.
Em muitos momentos do filme, podemos confundir o real com o documentário, por causa dos cidadãos que aparecem comprando as rifas de Hermila ou as crianças que olham a moto de João. A participação dos indivíduo do próprio vilarejo, faz-nos aproximar mais ainda do contexto social em que estas pessoas vivem.
Tudo bem que eu cheguei uns 10 minutos atrasada no filme, mas faz parte do caos onde vivemos e da correria que a paulicéia desvairada nos proporciona.
O Céu de Suely
Uma história simples e que foge da idéia estabelecida da migração nordestina para o Sudeste. No filme a jovem de 21 anos, Hermila, que foi para São Paulo em busca de melhores condições de vida, volta para sua cidade natal, no interior do Ceará, com seu filho recém-nascido nos braços. A moça mantém o ânimo e a esperança do amor que sente por Mateus, namorado e pai da criança, que virá da capital paulista encontrar mãe e filho.
Mas, as coisas não acontecem como o coração de Hermila desejava. Mateus some, não deixa endereço e nem telefone e a abandona na rua da amargura. Sem ter o que fazer, a garota que mora com a avó e a tia, começa a procurar algumas formas de arrecadar dinheiro, uma das idéias é fazer uma rifa de um whisky, outra é lavar carros em um posto de gasolina.
O Céu de Suely não quer ser um filme pretensioso, é apenas um olhar discreto e compreensivo sobre a realidade das pequenas cidades nordestinas, nas quais seus moradores vivem com poucos recursos e ideais simples, como a própria avó de Hermila que trabalha durante o dia em um restaurante e de noite costurando.
A recém-chegada Hermila se difere do restante dos personagens por sustentar uma vontade dentro de si de querer conquistar e ultrapassar obstáculos longe da pacata cidade onde nasceu e não se importa em como conseguirá tal proeza. E aí que a trama que seguia sem grandes revelações e emoções, recebe um rufo de ar. Hermila decide se rifar, isso mesmo, o vencedor ganhará “Uma noite no Paraíso” com ela. Apesar da audácia da moça, que perambula pelas ruas da cidade, vendendo-se, e que agora adere ao codinome Suely, ela não perde a pureza que conservava desde há poucos dias, quando ainda acreditava no eterno amor.
Os planos-seqüências do filme são formas poéticas inclusas na trama, como a discussão entre Hermila e João, que deixa sua moto na rua e segue a moça, tentando convencê-la a não ir adiante com a rifa. A câmera segue os dois, e nos ambienta com movimentos que nos fazem sentir como se estivéssemos na mesma calçada esburacada em que ambos caminham. A direção de fotografia que é bela, estática e teatral, só poderia ser do genial Walter Carvalho. Uma das cenas mais bonitas é o plano-seqüencia com a câmera estática que vê João ir em busca da amada e o ônibus que some, numa mistura de ilusão, por causa dos raios do sol forte, que parece que derrete o asfalto e depois a luz do mesmo sol que nos confunde e incide sobre a moto e nos deixa curiosos para saber se Hermila veio ou não com ele.
Mas, as coisas não acontecem como o coração de Hermila desejava. Mateus some, não deixa endereço e nem telefone e a abandona na rua da amargura. Sem ter o que fazer, a garota que mora com a avó e a tia, começa a procurar algumas formas de arrecadar dinheiro, uma das idéias é fazer uma rifa de um whisky, outra é lavar carros em um posto de gasolina.
O Céu de Suely não quer ser um filme pretensioso, é apenas um olhar discreto e compreensivo sobre a realidade das pequenas cidades nordestinas, nas quais seus moradores vivem com poucos recursos e ideais simples, como a própria avó de Hermila que trabalha durante o dia em um restaurante e de noite costurando.
A recém-chegada Hermila se difere do restante dos personagens por sustentar uma vontade dentro de si de querer conquistar e ultrapassar obstáculos longe da pacata cidade onde nasceu e não se importa em como conseguirá tal proeza. E aí que a trama que seguia sem grandes revelações e emoções, recebe um rufo de ar. Hermila decide se rifar, isso mesmo, o vencedor ganhará “Uma noite no Paraíso” com ela. Apesar da audácia da moça, que perambula pelas ruas da cidade, vendendo-se, e que agora adere ao codinome Suely, ela não perde a pureza que conservava desde há poucos dias, quando ainda acreditava no eterno amor.
Os planos-seqüências do filme são formas poéticas inclusas na trama, como a discussão entre Hermila e João, que deixa sua moto na rua e segue a moça, tentando convencê-la a não ir adiante com a rifa. A câmera segue os dois, e nos ambienta com movimentos que nos fazem sentir como se estivéssemos na mesma calçada esburacada em que ambos caminham. A direção de fotografia que é bela, estática e teatral, só poderia ser do genial Walter Carvalho. Uma das cenas mais bonitas é o plano-seqüencia com a câmera estática que vê João ir em busca da amada e o ônibus que some, numa mistura de ilusão, por causa dos raios do sol forte, que parece que derrete o asfalto e depois a luz do mesmo sol que nos confunde e incide sobre a moto e nos deixa curiosos para saber se Hermila veio ou não com ele.
Em muitos momentos do filme, podemos confundir o real com o documentário, por causa dos cidadãos que aparecem comprando as rifas de Hermila ou as crianças que olham a moto de João. A participação dos indivíduo do próprio vilarejo, faz-nos aproximar mais ainda do contexto social em que estas pessoas vivem.
2 Comentários:
Eu tava doido pra ver esse filme. Tô feliz com a safra dos filmes nacionais!
** A MOSTRA AMOSTRA **
Encontro surpresa. O susto na banca e a Palista sem Luz.
Um ingresso aquela hora: um suplício.
A opção foi um pulo no Opção.
Beijos
Lucas Limberti
O Varal, um café e infinito...
www.varaldoinfinito.uniblog.com.br
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