Amor à arte e aos momentos belos da vida

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quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Garota de sorte!

Eu ganhei uma promoção e o prêmio foi o seguinte: os três módulos de graça do Seminário de Direção de Cinema que está rolando no HSBC - Belas Artes. Vocês nem imaginam minha alegria.
Para ganhar eu tive que responder uma pergunta: que filme você gostaria de dirigir, por quê?

Minha resposta sortuda:

"Eu gostaria de ter dirigido Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, porque a obra tratou a condição de pobreza e do tráfico brasileiro sem ser assistencialista, mostrou uma realidade "nua e crua". A fotografia e a edição do filme dão uma agilidade que pode ser comparada ao jeito dos malandros dos morros cariocas. E o principal, após a indicação de Cidade de Deus ao Oscar, finalmente o mundo e o Brasil voltou a dar atenção para nossa indústria cinematográfica e aos muitos talentos existentes em nosso país."

Fã de carteirinha!

São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2006
Folha de S. Paulo

"Babel" tinha tudo para fracassar", diz Iñárritu

"Fazer um filme para mim é como uma batalha, uma guerra. Nunca há dinheiro que chegue, sempre me falta tempo", diz o diretor Cineasta mexicano fala sobre filme que está cotado para ser indicado ao OscarDA ENVIADA ESPECIAL AO RIO

Na entrevista a seguir, o cineasta mexicano Alejandro González Iñárritu fala à Folha de seu novo filme, do Oscar e de solidão.

FOLHA - De "Amores Brutos" (2000) para "Babel" (2006), o sr. deixou de ser um cineasta mexicano filmando em seu país, com atores mexicanos, e passou a ser um nome valorizado em Hollywood, diretor de astros como Brad Pitt. Como essa diferença em sua carreira se reflete na experiência de filmar?
ALEJANDRO GONZÁLEZ IÑÁRRITU - Foram experiências muito similares. Não penso em termos de se são famosas ou não as pessoas com quem estou trabalhando. Fazer um filme para mim é como uma batalha, uma guerra. Nunca há dinheiro que chegue, sempre me falta tempo, sinto uma profunda solidão, sofro muito filmando, mas, felizmente, tenho uma grande liberdade. Esse processo foi muito parecido em todos os filmes. Os cenários mudam. Os orçamentos são maiores, mas as limitações, tanto emocionais quanto físicas, e os predicados que eu possa ter são idênticos. Então, a experiência foi sempre a mesma, de uma total liberdade, uma profunda solidão e um grande sofrimento.

FOLHA - Se sofre tanto, por que continua filmando?
IÑÁRRITU - Nós cineastas temos um problema que é uma espécie de lobotomia que fazemos em nós mesmos quando terminamos um filme. É algum mecanismo de defesa pelo qual extirpamos da memória toda a dor e o sacrifício que custou fazer aquele filme. Ser diretor é uma profissão solitária e humilhante. A imagem do diretor tornou-se superficial e glamourizada, mas, quando você faz filmes pessoais, de assuntos difíceis, próximos a você, dolorosos, há uma carga emocional, espiritual e física que você carrega ao filmar. E esse processo não é prazeroso. Há momentos em que obviamente eu me sinto pleno e tenho prazer. Não sou masoquista, embora tenha algo de masoquista nisso tudo. Para ser diretor de cinema, é preciso ter uma atitude na vida, é como ser toureiro. É preciso nascer com essa loucura e estar meio louco para fazer cinema. Pelo menos esse tipo de cinema.

FOLHA - Quando lançou "Amores Brutos", não falava ainda numa trilogia. Quando definiu que seriam três filmes sobre o mesmo tema e qual é esse tema?
IÑÁRRITU - Tive a idéia da trilogia antes de começar a filmar "21 Gramas" [2003]. Pensei nesse conceito de explorar a história de pais e filhos primeiro no México, numa abordagem local ["Amores Brutos"], depois nos Estados Unidos, de uma perspectiva estrangeira ["21 Gramas"] e terminar com uma perspectiva global ["Babel"]. Teria assim um mesmo discurso, de três perspectivas diferentes.

FOLHA - O sr. a define então como uma trilogia sobre pais e filhos?
IÑÁRRITU - Exatamente.
FOLHA - Não seria também uma trilogia sobre a perda?
IÑÁRRITU - Eu acho que a perda é o tema principal de "21 Gramas", a paixão desmedida é o tema central de "Amores Brutos" e a compaixão e as linhas de fronteira são o tema central de "Babel".

FOLHA - Parte da crítica enxerga em "Babel" uma submissão da história à estrutura narrativa de linhas entrecortadas, que se tornou característica de seu cinema. Como equilibrar forma e conteúdo?
IÑÁRRITU - Para fazer um filme é preciso escolher uma linguagem. Há um discurso estilístico que escolhi para demarcar a trilogia. Mas é a estrutura que se adapta à necessidade dramática. O contrário não funcionaria.

FOLHA - Por "Babel", o sr. foi escolhido melhor diretor em Cannes, em maio passado, concorrendo com Pedro Almodóvar, Ken Loach, Aki Kaurismäki, entre outros. O que significam os prêmios para "o toureiro"?
IÑÁRRITU - Se os prêmios são a conseqüência de um trabalho, que sejam bem-vindos. Se são o objetivo, a motivação intrínseca de alguém, ainda que você os consiga, não valem nada. Para mim, mais do que ganhar prêmios com "Babel", o importante é ver que deu certo um projeto que tinha todos os ingredientes para ser um fracasso. São quatro histórias que não se cruzam fisicamente, em cinco idiomas. Não é uma aposta fácil. Que tenha funcionado já é um prêmio para mim. E ganhar um reconhecimento tão importante e prestigioso como o de Cannes é a cereja do bolo. É a conseqüência de um trabalho que me tomou três anos. Fico orgulhoso.

FOLHA - O filme está cotado para o Oscar. É um prêmio que o seduz?
IÑÁRRITU - Não é meu objetivo nem me tira o sono, sinceramente. Se estivesse interessado em ganhar o Oscar já teria feito muitos filmes que me ofereceram. Meus filmes não são filmes de Oscar. Ao contrário, são antiacadêmicos. O cinema é uma extensão de mim mesmo, um testemunho da minha experiência de vida, com as virtudes e limitações e com a liberdade que quero ter. Tive a sorte, junto com Fernando Meirelles e Walter Salles, de poder trabalhar com os estúdios [de Hollywood], não para os estúdios. Ou seja, a sorte de poder usar as ferramentas e mecanismos dos estúdios para ter uma distribuição mais justa, mas sem subordinação a uma cultura imperialista.

FOLHA - De que trata seu próximo filme?
IÑÁRRITU - Meu próximo filme é mais complicado do que "Babel". É um tema que me apaixona. Não vou te dizer qual é. E não sei quanto tempo vou levar para fazê-lo. Venho trabalhando nisso há uns dois anos. Mas, antes do próximo filme, quero tirar férias. Neste momento, meu objetivo é conseguir não fazer absolutamente nada. É o mais difícil para mim.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Piração dos pensamentos

Um dia num bate-papo informal em alguma mesa de bar, o comentário foi: “Você já imaginou as pessoas nuas?”. “Ah, como assim??”. “As vezes eu olho para uma pessoas e a imagino sem roupa”, dizia a garota com seu jeito de menina doce. Logo em seguida, o garoto problema confirmava o que eu não conseguia imaginar “Eu imagino também”. “Minha nossa, mas, por exemplo, eu to aqui sentada e você ta me vendo nua”. “Não, mas eu posso olhar para o lado e imaginá-lo nu, ou alguém que eu conheci, ou algum amigo ou amiga”.

Já ouvi falar em pessoas que se imaginam fazendo amor com outras pessoas, quer dizer num português mais direto, transando, mas imaginar pessoas nuas...Imagina se todo mundo andasse nu com a mão no bolso, seria horrível, um pesadelo, tipo Ensaio sobre a Nudez, em quem você encostar, as roupas desaparecem?

Só comigo acontece essas coisas

Do outro lado da rua um cara anda agarrado à outro segurando uma câmera, ele está gritando ensandecido para que todos ouçam. Deste lado da calçada as pessoas ao meu lado gritam, esse louco aí com uma câmera na mão só pode ser amigo da Marione. “Você conhece né”. "Não, não o conheço".

Todos correm. Lógico que o louco me olhou e já está com um de seus braços pendurado no meu ombro diz: "Estou fazendo um filme para salvar o mundo, eu sou o protagonista do meu filme, o que você acha que salvaria o mundo". "Precisamos de menos individualismo e blábláblá". Vocês sabem que eu nem gosto de falar...rs...

De repente, dou mais alguns passos e ele grita: "Espera.!! Olha para câmera e diz seu nome". A bestona: "Marione". "Agora eu já descobri tudo vc é minha musa inspiradora, a protagonista do meu filme".

Ele dizia isso aos berros e eu já estava vermelha que nem um tomate, motivo de chacota entre os colegas de trabalho que estavam agachados de tanto rir, além das pessoas que passavam olhando com aquela cara de quem comeu e não gostou. Não contente com a situação constrangedora, o moço ajoelha-se no chão e aos berros diz "Marione, eu te amoooo....Te amoooo....Você é a mocinha do meu filme. Você quer salvar o mundo comigo? Diga SIM, diga SIM".

Não contente em estar ajoelhado e gritando, ele me puxava para que me ajoelhasse no chão também, e eu toda desengonçada tentava lutar contra aquele ser, que agarrava mais forte minha mão e tentava me puxar com mais força.

Neste momento o vermelho das bochechas do meu rosto já deviam ter passado para todo o rosto, tava até sentindo calor. Ele me puxa com força e eis que estou ajoelhada no meio da calçada e já no clima no filme respondo "Simmm". Um sim meio engasgado e não tão alto claro, porque o protagonista era ele e não eu, não queria roubar a cena....rs...

Levanto-me e sigo rumo ao prédio onde trabalho, enquanto todos à minha volta choravam de rir.

Vocês pensam que acabou, mas com a Marione as coisas só pioram....

Vejo outro moço, dançando frevo na frente da entrada do prédio onde trabalho, também com uma câmera na sua frente sobre um tripé. Vejo outro cara do lado com um papel e deduzo que é o produtor. Encosto nele e pergunto "O que vocês estão fazendo? Que filme é este". Ele simplesmente não responde e acena para o cara do frevo na minha direção. Percebendo que ele vinha na minha direção digo para o "produtor"..."Olha eu já apareci ali embaixo, só quero saber quem são vocês". Ele não atende meu apelo e qdo vejo outro ser começa a se pendurar no meu ombro e diz: "Qual o seu problema". "Moço eu já apareci alí embaixo, só quero saber que filme é este". "Eu sou herói deste filme e quero saber o que você faria para salvar o mundo". "Eu digo que o problema é o mundo egoísta e cheio de preconceitos e blábláblá...". De repente não contente em estar pendurado em mim ele diz: "Você é a protagonista do meu filme quero te beijar, vamos dar um beijo". E se aproxima na minha direção, NÃO de novo NÃO...
"Moço, mas me beijando você num vai salvar o mundo. Você tá sendo individualista". Mas, ele não me escuta continua pendurado em mim, enquanto meus colegas gritam "Pega o telefone deste aí, beija Marione". "Moço eu já apareci ali embaixo, o outro já falou que eu era a protagonista do filme dele". Mas não adiantava nada, ele continuava vindo em minha direção. "Deixa eu te beijar". "NÃO"....Aí depois de muito lutar contra a questão, ele vai embora.

Moral da história: louco atrai louco.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Um peso do lado esquerdo

Doidera ou não, já me peguei várias vezes com o pescoço caído para o lado esquerdo, sei lá porque, como se algo mais pesado me puxasse para a esquerda, e eu me sinto bem caída assim...

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Quero ser Amelie Poulain!

Tem dias que você acorda e tudo o que imaginou e planejou parece que saiu voando pela janela. Tem anos que você acorda e parece que o tempo passou e tudo o que você imaginou e sonhou, não ocorreu. As vezes me sinto num labirinto, e não sei para onde correr, as vezes acho que estou indo para o lado errado, mas o problema é que nunca desisto e sempre penso nos meus sonhos.

Queria ser Amelie Polain e sonhar com a vidinha que levo e estar satisfeita com ela, mas eu não estou, como uma amiga minha disse: "O mundo não está perdido porque eu vejo um futuro brilhante para mim". E eu também vejo um para mim, eu não consigo desistir, mas que dá vontade de socar todo mundo as vezes dá.

Porque minha vida é tão complicada, só queria uma coisa, e essa coisa na minha cabeça ia dar certo, aí deixe-me levar pela opinião alheia, correta e que veio bem a calhar, mas peraí, eu sou uma besta se conselho fosse bom não era de graça. Revoltas momentâneas à parte, tudo certo sempre. Nessa longa estrada da vida, num sei o que, num sei que lá e não posso pararrr... (meu essa música tocava naquelas propagandas de coletâneas da Globo nos intervalos da novela o Clone).

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Blecaute

Blecaute

Quem quiser assistir ao documentário Blecaute: voltei porque fiquei com saudade, que fiz, já dá pra ver na internet, é só acessar:

http://jornal.metodista.br/tele/telejornalismo/documentarios/documentarios.htm

Quero opiniões!