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sexta-feira, 2 de junho de 2006

Trilha de Ontem – Carioca o novo do Chico

Agora vai...

Carioca

“Ele é carioca, ele é carioca, só no seu jeitinho de andar”


Depois de oito anos, saiu em maio Carioca, o novo CD de Chico Buarque, que não lançava nada desde A Cidade, em 1998.

A espera valeu a pena, logo na primeira faixa Subúrbio, o samba é o ingrediente principal – assemelha-se à sonoridade e estilo de cantar de O Meu Guri -, a beleza da melodia com a letra mostram porquê Chico é considerado um ícone da música popular brasileira.

Ode aos Ratos merece destaque por ser diferente, com uma letra que não é muito fácil de se assimilar, Chico é audaz e em um trecho cria uma espécie de hip hop “buarquiano”, que foi muito bem construído. “Rato que roí a roupa, que roí a rapadura...”

Carioca mistura: samba, bossa, bolero, blues, jazz, música caribenha, valsa e hip hop. A carreira e a experiência de Chico permite que ele faça uma antropofagia de ritmos, e atinja uma harmonia com o que traz de inovador e com o que ele carrega em seu repertório.

Dura na Queda combina ritmo caribenho e metais. Volta à marca de Chico da batida dançante, que reflete a vida com poesia e versos marcantes. “Viva a folia, a dor não presta (...) A lua iluminará o mar. A vida é bela e o sol a estrada amarela”.

Melodia fúnebre sucedida pelos acordes lentos do violão, a voz lamentosa e pausada da música Porque Era Ela, Porque Era Eu diz: “ Eu não sabia explicar...nós dois...Ela mais eu... porque eu...e ela...Não conhecia poemas, nem muitas...palavras belas, mas ela foi me levando pela mão...”. Mesmo com faixas mais animadas, sempre há na obra de Chico uma música triste tanto na letra quanto no acompanhamento.

Como não poderia faltar, a homenageada do novo disco é Renata Maria, musa inspiradora como foi Ana de Amsterdam, Angélica, Beatriz, Cecília, Geni e muitas outras. Fica o desafio, será que eu também posso ganhar uma música com o meu nome Marione, sei que ele rima com muitas coisas - segundo muitos de meus amigos como a querida Tatiana e o querido Daniel -, Panetone, Macarrone, Torrone, Ciclone...

Chico sempre será contemporâneo e ao mesmo tempo “vanguardista”, seu retrato da dor de amor e dos caminhos poéticos da vida, marcam gerações de amantes da música, ele consegue cativar àqueles que viram da bossa nova surgir e os que estão em busca da essência da popular música brasileira, em meio ao eletrônico, black music, rocks alternativos, progressivos e todos os outros “ismos” (isso não é uma crítica ao rock ou a qualquer outro tipo de ritmo, apenas a defesa daqueles que influenciaram muitos músicos).

Para que quer ouvir Carioca na íntegra é só acessar: http://www.chicobuarque.com.br/ ou www.uol.com.br/radio

Para ter mais informações sobre a obra e ver alguns trechos do documentário Desconstrução, do jornalista Hugo Sukman, que acompanhou Chico Buarque no estúdio, acesse: http://www.biscoitofino.com.br/

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

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lolikneri havaqatsu

12:40 AM  

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