Crítica
Por Marione Tomazoni
Vencedor da Palma de Ouro de Cannes, no ano de 2005, este é o segundo filme dos irmãos Dardenne premiado no festival francês, o primeiro foi Rosseta, em 1999.
A Criança mostra um lado nada glamouroso da França, podê-se até mesmo comparar a história com a realidade social brasileira. A jovem Sônia de uns 19 anos acaba de dar a luz a Jimmy, e está à procura de seu namorado Bruno, pai do recém nascido - que deve ter no máximo 20 anos.
Na sequência inicial quando Sônia carrega a pequena criança pelas escadas de um prédio, um telescpectador atento, poderá notar uma câmera que se movimenta muito e acompanha os passos da moça, aspecto que revela a inflûencia do documentário sobre o filme.
Bruno vive do dinheiro e da venda de objetos de seus furtos e chega às últimas conseqüências quando vende seu próprio filho. A namorada tem um ataque de nervos e ele volta atrás da atitude e agora tenta ter o bebê de volta.
A Criança tem influência do neo-realismo, porque mostra a vida nua e crua, apresenta as dificuldades dos jovens pais, a falta de dinheiro, a vida nas ruas e a periferia francesa, com sujeira nas calçadas e sem aquelas paisagens deslumbrantes do Louvre ou Torre Effeil.
Além disso, o filme consegue mostrar a simplicidade e a inocência do relacionamento entre dois jovens, que ainda estão para descobrir as crueldades de uma vida sem recursos e tranqüilidade. A beleza está implícita quando Bruno corre atrás de Sônia - após ela ter lhe jogado refrigerante - e os dois rolam num gramado verde e riem, como se aquele fosse um momento único e todas as dificuldades tivessem sido apagadas.
Para quem gosta de um cinema sem grandes efeitos especiais e sem revelações obscuras da humanidade, pode optar em assistir A Criança.
Serviço:
CineSesc: 15h 17h10 19h20 21h30
Espaço Unibanco - sala 2: 14h 16h 18h 20h 22h
HSBC Belas Artes - Sala Aleijadinho: 15h 17h 19h 21h
Reserva Cultural de Cinema - 2: 15h10 17h10 19h10 21h20
Unibanco Artplex Frei Caneca - Sala 6: 13h20 15h30 17h40 19h50 22h 00h somente sábado
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